quinta-feira, 1 de março de 2012

Pessoal, hoje foi Dia 18 e peasado: 15'MO+10'FO+3K FO+15'LE! Com uma calor de matar logo às 06:30 da matina!!!

Estou só pensando como vou precisar de mais tênis....porque aumentou muito a distância por semana!

Vou deixar um texto lindo....simplesmente lindo sobre corrida, falo da Oração do Corredor de Marcos Caetano!

Bons treinos!


“Ó Mercúrio, deus supremo da velocidade: diante de ti, este humilde servo vem, de tênis postos, pedir sabedoria, bênçãos e proteção.

Que, antes de qualquer coisa, Tu possas me dar saúde, condição fundamental para os que querem vencer o desafio esportivo mais antigo de todos os tempos: cruzar a superfície do planeta usando apenas o próprio corpo, os próprios pés.

Que, como Feidípedes, o primeiro homem a completar uma maratona, eu possa suportar estoicamente as dezenas e dezenas de quilômetros de treinos semanais, a que terei de me entregar, caso queira vencer.

Que eu possa correr ao lado de amigos – e, se não de amigos, de gente gentil, que respeite minhas limitações e se compadeça do meu esforço, tendo sempre na boca uma palavra de estímulo para me ajudar a vencer a ladeira interminável ou a última reta da prova.

Que o calor, se tiver de vir, seja brando ou apareça no último quilometro da prova. Que a chuva caia na hora certa, nunca antes da largada. E que o vento forte esteja sempre a soprar contra minhas costas, em vez de contra o meu peito.

Que meus adversários sejam nobres e, se tiver a graça de vencê-los, que eu jamais os humilhe. Pois sua luta valoriza a minha conquista, sua força alimenta minha resistência e seu caráter ilumina o meu.

Que os grandes heróis das pistas possam ser o farol que ilumina minha trilha rumo à linha de chegada. Dai-me a audácia de Jesse Owens, a coragem de Steve Prefontaine e a resistência de Emil Zapotec. E que o espírito nobre de todos aqueles que singraram pistas e ruas ao redor do mundo, através dos séculos, possam ser meu combustível para a conquista de novos objetivos.

Dai-me forças para vencer os caminhos traiçoeiros, o sofrimento das contusões e as dores de depois dos treinos. Mas, acima de tudo, brinda-me com a sabedoria, para que eu possa aceitar bolhas, tropeços e derrotas com o espírito sempre elevado – o espírito de um campeão.

Quando chegar ao final de minha vida e meus passos cessarem de ser ouvidos sobre a face da terra, que as pessoas possam velar meu corpo cansado de milhares de quilômetros percorridos dizendo: “Ele era um corredor”. Não um médico, um empresário, um homem da ciência, um professor ou um estadista – mas, apenas e tão-somente, um corredor.

E que eu possa entrar no céu não batendo asas, mas correndo. Correndo como um anjo que cruza umportal de nuvens fazendo um desenho de linha de chegada. Para em seguida dormir nos braços de Nike, a deusa da vitória.”

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